O meu percurso no Candomblé começou em 2008, após uma consulta de búzios com meu primeiro e único Babalorisá (Pai de Santo) Jomar d’Ògún, ainda hoje a minha grande referência espiritual. Após convite para entrar naquela que é a minha casa, o Terreiro de Candomblé de Nação Ketu – Ilé Asè Opo Alaketu Omin Ògún, tive o prazer de começar a minha vida nesta religião milenar, exigente mas muito recompensadora que é o Candomblé.
As exigências de tradição e fundamento impostas pelas casas matrizes de onde derivo, Ilé Maroialaji Alaketu e Ilé Asè Opô Ajagunã (matriz Ilé Asè Opô Afonjá), locais sagrados onde nasceram e se sacrificaram em nome da religião tantos Sacerdotes e Sacerdotisas reconhecidos pela sua valia e conhecimento (Baba Jomar d’Ògun; Baba Paulo d’Yemonjá; Yá Olga do Alaketu; Baba Ari d’Ajagunã; Yá Stella d’Oxossi; Baba Obarayin d’Songo, Mãe Senhora entre tantos e tantos outros), aliada à minha imensa fé em Deus e nos Orisás, permitiram que trilhasse o meu caminho de forma segura e responsável. Tornei-me Yaô em 2008, cumpri todas as minhas obrigações até chegar ao Odú Engé e Oyé, no ano de 2018, tornando-me Babalorisá (Pai de Santo). Pelo meio deste meu percurso, mais propriamente em 2013, tive a honra de ser agraciado com o titulo de Mawô – cargo de confiança máxima dentro de um terreiro de Candomblé, às mãos de meu Pai Ògún, dono do meu Ori (cabeça) e da minha vida.
Agradeço a meu Pai Ògún e a minha Mãe Òsún as bençãos que me proporcionam diariamente, ajudando-me de forma incessável nsta minha tarefa que aceito de coração: viver para o Orisá e com a sua bênção, ser seu intermediário na nobre missão de ajudar o próximo.
Assim continuarei, até que seja essa a Sua vontade!
Que Ògún seja sempre por nós!